No último domingo (18), aconteceu no Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA 2018, na UNB a oficina promovido pelo Pad – Processo de Articulação e Diálogo Internacional e MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens : “Água e Mineração na América Latina: Conflitos e Lutas pelos Bens Comuns”.
O evento teve ampla participação de diversos atores e que trouxeram um rico conteúdo ao debate. Com a proposta de ser uma troca de experiências no tema das boas práticas de resistência a mineração, foi destacada a conexão entre o desenvolvimento da atividade minerária e a exploração da água.
O debate que aconteceu dentro do Fórum Alternativo Mundial da Água e foi um espaço de resistência aos intentos de privatização da água. A mesa alertou para o uso indiscriminado da água pela mineração, bem como os interesses da mineração nesses processos.
Participaram representantes de movimentos sociais, entidades ecumênica e ativistas no trabalho que o PAD vem desenvolvimento no grupo de bens comuns de execução de um plano de advocacy sobre a mineração no Brasil. E também promover o diálogo com parceiros sul-sul fortalecendo as redes.
Naudel, do Movimento Rios Vivos da Columbia disse que: “Existe uma legislação coorporativa por cima das comunidades. Como Rios Vivos estamos promovendo a terra contra o modelo minero-energético e os impactos negativos nas comunidades ao redor.
Para Michele do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) ” A Mineração chega em comunidades que tradicionalmente preservaram os recursos naturais, como a água, se apropriando de tudo”.
Para o militante do Movimento dos Afetados por Represas (MAR) da Guatemala, Francisco: “Sem energia não há mineração”. Ele denunciou na oficina que as mineradoras canadenses estão em vários países causando inúmeros conflitos. E denunciou o uso da água pela mineração: “Segundo Cepal, 290 mil metros cúbicos de água são usados na mineração na América Latina. 11% da água que se consome é para a mineração”Naudel do movimento Rios Vivos Colômbia afirmou: ” existe uma legislação corporativa, por cima das comunidades. Como Rios Vivos estamos promovendo a terra contra o modelo minero-energético e os impactos negativos nas comunidades ao redor”
Para Heider Boza do Movimento dos Atingidos por Barragens – ES – bacia do Rio Doce, “não podemos confiar em estudos de impacto feito por essas empresas porque elas só pensam nos seus interesses, e os Estados são cúmplices deles porque não cumprem com seu dever de fiscalizar “
Juliana Miranda da Heks-Eper refletiu que : ” Temos que também falar nesse tema de justiça de transição. Porque são processos que precisamos resgatar nossa memória. Não vamos chegar a momentos verdadeiramente democráticos sem isso. É preciso também pensar nas lutas numa dimensão de gênero, histórica e emancipatória.”
A Carolina Bellinger da CPI-SP falou sobre a Convenção 169 no FAMA. Assista:
Para Gabriel, da Argentina ” Precisamos pensar em sistemas de dados geográficos, no fortalecimento de nossas organizações, pensar estrategicamente uso da Via judicial “
Para o Pad e o MAB a oficina foi importante para troca de experiências no tema das boas práticas de resistência a mineração e o uso da água na mineração. A oficina teve a coordenação de Tchenna Maso (MAB) e do PAD. E co-organização de Heks-Eper, Cristian Aid e Pão Para o Mundo