Os efeitos de mudanças climáticas podem ser sentidos diariamente com o aumento das secas, alagamentos, aumento do nível do mar e outros fatos que apontam para um desequilíbrio ambiental por todo planeta. No Brasil, os impactos devastadores para quase 2 milhões de gaúchos com a catástrofe climática no Rio Grande do Sul e que levou à morte quase 200 pessoas, revelou o desastre da política climática nacional e estadual. Um retrato da falta de ações em relação à emergência climática, debatida exaustivamente nas últimas décadas por cientistas e ativistas pelo clima.
Em novembro de 2025 o Brasil sediará pela primeira vez a cúpula mundial do clima das Nações Unidas, a COP 30, o evento mais relevante do segmento. A COP 30 acontece em Belém (PA), uma metrópole no coração da floresta amazônica, seis anos após o governo Bolsonaro se negar a receber o encontro no país. É esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência. E é uma oportunidade para que o Brasil apresente ao mundo uma agenda efetiva de adaptação e mitigação dos efeitos da crise climática. Que assuma o posto de potência da economia verde, com desenvolvimento socialmente justo e sustentável, ancorado em soluções baseadas na natureza. Mas para isso o Brasil precisa trabalhar duro internacionalmente, para fazer com que os outros países participantes também apresentem planos climáticos ambiciosos.
O PAD – Processo de Articulação e Diálogo conversou com representantes da Cooperação Internacional e da Sociedade Civil sobre a importância da realização da COP 30 no Brasil no próximo ano e a expectativa de avanços no tema da crise climática a ser tratado entre as partes.